Há
alguns anos comecei a ler sobre modos de vida que impactassem minimamente o
Planeta. Quando abrir uma página do Google e digitei “construções alternativas”
um mundo de possibilidades se abriu diante dos meus olhos. Vi que é possível
construir e viver em paz com nosso Grande Lar.
Dentro das construções alternativas
existe uma enorme gama de possibilidades: adobe, super adobe, cobe, taipa,
palha, bambu, pedras e tantas outras, além de alternativas naturais de reboco e
tintas. (Não me atreverei a escrever sobre tais possibilidades: não tenho
conhecimento para tal. Faça como eu e “dê um Google”!)
Diante de tantas possibilidades me
perguntei: é possível a alguém nascido e criado na metrópole, ser urbano,
habitante do (luxuoso) concreto, locomovendo-se em gigantes de aço, de calça
jeans e iphone nas mãos, vidrado no Facebook, viver em harmonia com o mundo
natural, em casas simples, próximo à cachoeiras e matas, pássaros e macacos,
sem aquele dito “conforto” (?) das mansões (vazias de amor) e carros velozes
(vazios de amizade), por vezes até sem energia elétrica?
Digo e repito: SIM! Mas não
necessariamente.
Quando sugiro uma mudança total de
paradigma, que perpasse obviamente pelas construções, haverá aqueles que se
adaptarão mais facilmente a esse novo modo de vida, e outros que irão preferir
continuar na vida urbana. E isso é ótimo. As cidades existem e existirão ainda
por muito tempo. Muitos dos serviços que oferecem são úteis e encantadores,
como um aeroporto ou um cinema, por exemplo.
Chamo atenção ao fato de que devemos
sempre pensar nas duas possibilidades - e em outras possibilidades
intermediárias que irão existir. Nada é fixo. Morar no interior, próximo à
natureza selvagem não significa necessariamente viver sem energia elétrica ou
automóveis. Da mesma forma que viver na cidade não significa consumir
loucamente os recursos naturais (como vem acontecendo desde as Revoluções
Industriais) trocando todo ano de carro, de celular, de tv, ou se omitindo à
política que pode decidir por leis sustentáveis ou não.
Sugiro por fim, que reflitamos sobre o
nosso modo de vida na esfera mais particular: nossa consciência. Quais valores
têm norteado nossas atitudes? Gostaria que refletisse no fato de que o que mais
vemos na tv são dicas para que mudemos nossos hábitos. Contudo, alguém lhe
questionou uma mudança de valores? NÃO, POIS ELA É PERIGOSA. Quem analisa seus
valores e sua consciência percebe que relações onde todos saem ganhando é muito
melhor (e possível!) do que uma relação ganha-perde. Percebe que todos somos
capazes de ensinar e aprender na mesma medida. Percebe que uma vida justa e
conectada à natureza é possível e agradabilíssima!
E então, quais valores norteiam você?
***
Para complementar:
Para quem compreende Inglês (e quem
não compreende vai se virando no Google Tradutor): http://naturalhomes.org/
Tem também esse centro de Permacultura
(que também não me atrevo a falar sobre, deixo para você!): http://www.ecocentro.org/
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