Ontem foi comemorado do Dia Mundial da Amazônia que tem como objetivo a preservação e a conservação dos recursos naturais deste bioma. Porém, muita das vezes não é isso que vemos. Por isso nós decidimos falar da Biopirataria um problema recorrente nessa região do Brasil e que, segundo alguns acreditam, envolve outras nações.
Rio Negro |
A Amazônia é uma floresta tropical fechada, formada em boa parte por
árvores de grande porte, situando-se próximas uma das outras. O solo desta
floresta não é muito rico, pois possui apenas uma fina camada de nutrientes.
Esta é formada pela decomposição de folhas, frutos e animais mortos. Este rico
húmus é matéria essencial para as milhares de espécies de plantas e árvores que
se desenvolvem nesta região. Outra característica importante da floresta
amazônica é o perfeito equilíbrio do ecossistema. Tudo que ela produz é
aproveitado de forma eficiente. A grande quantidade de chuvas na região também
colabora para o seu desenvolvimento.
A grande maioria das espécies desta floresta vive nas
árvores e são de pequeno e médio porte. Podemos citar como exemplos de animais
típicos da floresta amazônica: macacos, cobras, marsupiais, tucanos, pica-paus,
roedores, morcegos entre outros. Os rios que cortam a floresta amazônica (rio
amazonas e seus afluentes) são repletos de diversas espécies de peixes.
No entanto, a Amazônia é assolada pela biopirataria, termo que não é
usado na lei, mas está relacionado à coleta e utilização de produtos da
biodiversidade, bem como ao acesso e apropriação do patrimônio genético e de
conhecimentos tradicionais a ele associados, em desacordo com os preceitos da
Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB).
Ocorre
que cientistas estrangeiros entram na floresta, sem autorização de autoridades
brasileiras, para obter amostras de plantas ou espécies de animais. Levam estas
para seus países, pesquisam e desenvolvem substâncias, registrando patente e
depois lucrando com isso. Em decorrência dessa ação, o Brasil é obrigado a
pagar, futuramente, para utilizar substâncias cujas matérias-primas são
originárias do nosso território.
Os casos de biopirataria são facilitados
principalmente pela falta de fiscalização e o desconhecimento das normas de
proteção à biodiversidade. No caso do Brasil, também ocorrem por ocasião
de uma lacuna existente em nossa legislação vigente. Os
cientistas brasileiros não encontram apoio e respaldo para realizar estudos
relacionados à substâncias naturais, pela falta de proteção das patentes
resultantes dessas pesquisas, ocasionando um déficit no estímulo aos
especialistas.
O que é preciso entender é que a biopirataria não se apropria somente dos recursos biológicos, também manipula o conhecimento das populações locais e suas tradições movimentando a terceira maior atividade ilícita do mundo, segundo a ONU, perdendo apenas para o tráfico de drogas e armas. O Brasil participa, com cerca de 2 bilhões de dólares por ano, concentrando 10% deste movimento.
Como dica do nosso blog destacamos o projeto "Aldeias Vigilantes". Este projeto visa levar às comunidades indígenas um programa informativo, educativo e conscientizador sobre a apropriação desautorizada de conhecimentos tradicionais e recursos biológicos da Amazônia, numa linguagem adequada à diversidade étnica e cultural de cada povo.
Segue link para maiores informações: http://amazonlink.org/aldeiasvigilantes/site/apresenta.php
Até a próxima amigo leitor. Não deixe de curtir a nossa página no facebook e nos envie as suas dúvidas, sugestões e comentários.
Muito bem! Gostei muito do texto, ele explica corretamente o que é a biopirataria.
ResponderExcluirQuem pratica a biopirataria nao esta falando quero saber
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