As hidroelétricas são consideradas fontes de energia renováveis e limpas do ponto de vista ambiental. Além disso, apresentam um baixo custo de implementação e manutenção em relação a outras fontes de energia presentes em nosso país. As hidroelétricas está entre as fontes de energia menos poluente e de maior eficiência que compõem a nossa matriz energética e é inegável que em relação, as termoelétricas, por exemplo, a hidroeletricidade apresenta diversos benefícios, alguns já citados acima. Porém, os impactos ambientais negativos por ela causados são significantes e não podem ser deixados de lado.
Usina Hidrelétrica de Itaipu |
Estes impactos podem ser devastadores para o ecossistema da região em que se encontra a usina. Dentre os principais impactos que podem ser causados por uma hidroelétrica estão:
- Alterações das características físico-químicas das águas;
- Erosão das margens dos corpos de água;
- Elevação dos níveis freáticos;
- Alteração nos períodos e dinâmica da piracema;
- Redução da concentração de oxigênio nos corpos de água;
- Liberação de dióxido de carbono e metano (gases de efeito) pela degradação orgânica da área inundada pelas barragens
- Alterações no clima da região;
- Grande concentração de nutrientes na água (eutrofização);
- Deslocamento de animais de seu habitat natural;
- Ameaça a biodiversidade local; entre outros.
Como podemos ver os impactos ambientais são muitos e atrelados a estes impactos também aparecem os impactos sociais. Entretanto, ao se contabilizar os custos para a construção de uma hidrelétrica não são levados em conta a degradação social e dos ecossistemas aquático e terrestre da região, estes custos são externalizados, ou seja, são custos que não são compensados e diminuem o bem-estar da população e do meio ambiente. A partir do que foi dito faço a seguinte pergunta:
Se os custos socioambientais das hidrelétricas fossem internalizados elas ainda seriam uma fonte de energia de baixo custo e os problemas por elas causados poderiam ser minimizados?
O que vem acontecendo é que um dos principais argumentos que o governo brasileiro utiliza para justificar empreendimentos de grandes hidrelétricas, como por exemplo Belo Monte, localizada na Amazônia, é que a hidroeletricidade tem um baixo custo e alta eficiência energética o que poderia suprir a necessidade da nossa população. Entretanto, não é divulgado que os custos socioambientais não são internalizados. Se tais custos fossem contabilizados, talvez fontes de energia como a solar e a eólica teriam mais investimentos.
Dados da ANEEL apontam que o Brasil apresenta cerca de 130 Centrais Hidrelétricas e segundo o Plano Nacional de Energia para 2030 em torno de 70% do potencial hidráulico presente em nosso país que ainda pode ser aproveitado encontra-se nas regiões da Amazônia e cerrado brasileiro, com projetos já em andamento para essas áreas.
Usina Hidrelétrica do Tucuruí |
É importante perceber que apesar dos benefícios, ressaltados a todo momento pelo governo, das hidrelétricas também há os prejuízos e infelizmente, enquanto as grandes empreiteiras, grandes proprietários de terra e alguns governantes ficam com o lucro dessas construções nós, e principalmente a população próxima as hidrelétricas e populações indígenas, ficamos com os prejuízos e a falta de investimentos em energias alternativas menos impactantes que a hidroeletricidade.
Até a próxima leitor. Não deixe de pensar neste assunto e deixar o seu comentário.
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