Extinção de Espécies

No começo deste mês foi comemorado o Dia Mundial dos Animais. Um dos maiores problemas relacionados aos animais, e que é muito lembado neste dia, é a extinção de espécies. Segundo o IBAMA , 57 mamíferos, 108 aves , 9 repteis e 32 invertebrados já estão na lista de animais em extinção no Brasil. E no mundo a previsão é de que até 2050 cerca de 1 milhão de espécies estejam extintas. 

São três as principais causas da extinção de seres vivos: 

• A caça,que elimina quase um quarto das espécies. 
• A destruição dos habitats, que contribui com 36 %. 
• E a introdução de espécies, de plantas ou animais, que são levados pelo homem de uma região para outra, provocando verdadeiros desastres ecológicos.

O desaparecimento das espécies animais têm consequências na vida do próprio homem. Esse drama não é apenas relacionado o fato de que “as gerações futuras não vão conhecer o mico leão dourado”, o que por si só já é bem triste. O problema maior é que tudo está interligado e uma espécie influencia a sobrevivência da outra, inclusive da nossa.

Fazemos parte de uma grande rede, de uma teia alimentar, onde um influencia o outro. Por exemplo, se uma população de gaviões desaparece, aumenta a população de cobras, uma vez que esses são seus maiores predadores. Muitas cobras precisariam de alimentos e, consequentemente, o número de sapos diminui e aumenta a população de gafanhotos. Esses gafanhotos também precisariam de muitos alimentos, e com isso atacariam várias plantações, causando perdas para o homem. Ou seja, o desaparecimento de uma espécie, causa uma reação em cadeia na natureza, afetando o ser humano de várias maneiras. Seja com a diminuição de certas fontes de alimento, prejuízos em plantações, proliferações de pragas ou doenças, como por exemplo a entrada do barbeiro, vetor do causador da Doença de Chagas em áreas residenciais, ou do mosquito palha, transmissor da leishmaniose.

Continuando o exemplo citado acima, uma outra consequência além da devastação de plantações, seria a exposição do solo às chuvas e ao sol, podendo levar a erosão do solo, que mais a frente poderão provocar enchentes e inundações. O desmatamento leva ao desaparecimento de espécies, e este, por sua vez pode levar ao devastamento de plantações. Esse ciclo ocorre graças ás intervenções humanas, de forma irracional, que visa constantemente o desenvolvimento da economia.

E por mais que a cada dia os resultados dessas atitudes estejam aparecendo de forma gritante é impossível interromper subitamente essas ações. Mas, é muito importante, ter consciência, antes que seja tarde demais. A importância de cada individuo dentro da natureza; a importância do pensamento no coletivo, onde o movimento de um altera a estabilidade de todos dentro de uma cadeia.

O desenvolvimento de projetos de proteção às espécies, como o TAMAR e o Projeto Boto cor de rosa juntamente com a educação/conscientização ambiental, tirando o foco do individual para o coletivo, é primordial. Porque, tão importante quanto ter o indivíduo em seu habitat, é que nesse ambiente haja condições para esse indivíduo se alimentar, se reproduzir e sobreviver com qualidade de vida. E quem sabe, gradativamente, as pessoas passem a ter consciência que são dos pequenos atos que surgem as grandes mudanças. E cada um fazendo sua parte, começando do seu ambiente de convivência, estará afetando o mundo positivamente.

Até a próxima! E lembrem-se...