quarta-feira, 22 de agosto de 2012

REED - Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação

A sigla REED significa Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação. O Sistema REDD objetiva reduzir as emissão de gases de efeito estufa (GEEs) provenientes do desmatamento e da degradação florestal. Este sistema incentiva o manejo sustentável das florestas e preserva os estoques de carbono florestais. O mecanismo REED funciona por meio do estabelecimento de um valor financeiro para o carbono estocado, incentivando países em desenvolvimento a reduzir suas emissões.

A ideia surgiu nas negociações do Protocolo de Kyoto em 1998, a conservação de florestas tropicais foi incluída como parte do acordo internacional do clima e firmado na Convenção Quadro das Nações Unidas (UNFCCC) realizada em 2003. Em 2007 o programa REED passou a apresentar uma nova postura determinada pelas Nações Unidas e divulgada na décima terceira Conferência das Partes (COP13). Nesta nova postura a proteção do modo de vida dos povos da floresta passou a ser levada em consideração. Esse novo sistema é chamado de REED+. 

Um dos problemas que o sistema REED enfrenta é a dificuldade de medir o volume de emissões de GEEs que vêm do desmatamento. Os cientistas ainda não alcançaram o valor exato, ou pelo menos um valor estimado das emissões, as opiniões divergem bastante, porém uma coisa é certa o impacto deste tipo de emissão contribui significativamente para o aquecimento global. Além disso, as florestas de pé fornecem variados benefícios para o equilíbrio ambiental, não só o estocamento de carbono. 

Este mecanismo exige comprometimento por parte dos países industrializados com metas de redução das emissões (em relação aos níveis de 1990) entre 25% e 40% até 2020 e também nas negociações dos acordos e investimentos. Entretanto não é isso que vem acontecendo. As negociações internacionais são lentas e pouco promissoras. As estimativas relativas aos custos do repasse de uma compensação financeira para países que conseguirem reduzir as taxas de desmatamento variam entre US$12 bilhões e US$40 bilhões anuais.

É importante ressaltar que o REED apesar de sugerir compensação financeira a países que reduzam suas emissões proveniente do desmatamento e da degradação florestal não é apoiado somente nesta ideia. Ele prevê a preservação do equilíbrio ambiental com a manutenção das florestais além de apresentar outros benefícios como: 

  • Conservação da biodiversidade;
  • Redução da pobreza através do desenvolvimento rural sustentável;
  • Melhoria no manejo dos recursos naturais;
  • Adaptação às mudanças climáticas.


O impasse atual é como colocar o sistema REED em prática com tanto problemas relacionados as políticas de implementação e ao mecanismo financeiro. Em conjunto surgem diversos questionamentos relacionados a eficiência e ao cumprimento do objetivo do programa; à concretização do acordo entre os países, entre outros.

O Sistema REDD+ já obteve seu primeiro resultado. No Quênia encontra-se o primeiro projeto REED  a adquirir créditos de carbono voluntários para comercializar em mercados de carbono e estima-se que reduza em seis milhões de toneladas as emissões durante os 30 anos de sua duração. Porém muito ainda deve ser feito. O apoio financeiro ainda não é suficiente para a realização do programa em países em desenvolvimento e o sistema precisa ser aperfeiçoado. 

Para mais informações acesse Portal REDD+ Brasil” que apresenta informações mais detalhadas sobre o Sistema REED + e o que o governo brasileiro vem fazendo em relação a isso.

É isso aí amigo leitor, até a próxima!

3 comentários:

  1. Bem, apesar desse discurso "lindo", esse mecanismo, o REDD, é mais uma investida do mercado para a precificação dos "recusos naturais" para obter lucro. O que convenhamos chamar de "Mercantilização da Natureza". Segundo resolução do Conoma, o Meio Ambiente é um direito imanente a todos os indivíduos, portanto,eu entendo, que não se pode precificar um direito. Quando precificamos alguma coisa,uma necessidade vital, alguém tem que pagar, porém, sabemos que nem todo mundo tem condições financeiras de arcar com esse custo. Logo o que no início era um direito se tranforma em "privilégio". Privilégio para quem pode pagar. Agora, já pensou as conseguências nefastas de lançar a preservação da natureza à lógica de Mercado?

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    1. Entendemos a sua opinião e estamos cientes de que isso possa ocorrer. Porém, o objetivo do Blog não é defender a ideia e sim apresentá-la, em nenhum momento dizemos que somos a favor ou contra, queremos que os nossos leitores formem a sua própria opinião diante das informações, como você fez. Além do mais o fundamento do REED vai além de "precificar" os recursos naturais, entretanto não sabemos se dará certo e se será tratado dessa dessa forma pelos governos. É possível, que infelizmente, o REED caia nas "garras" do mercado, mas também pode dar certo. É importante lembrar que nem sempre mecanismos de apoio financeiro são ruins, existem meio e ferramentas da economia ambiental ao qual podemos chegar a um resultado. O problemas é a forma como são administrados. O REED é um mecanismo que ainda vem sendo estudado.

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  2. Ola sou acesso de uma inpreza no Brasil aonde a inpreza e proprietária de uma ária muito grande no qual temos interesse em conhecer o projeto direito.qual são as exigência q a ária de floresta tem q ter e detalhes sobre valores recebido por equitaria
    E se tem q ter algum documento especifico.precisamos de informações quem sabe possamos formar uma pareceria. Deis de já muito obrigado.meio de contato.carlosmonteiroemcristo@gmail.com

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